Obrigado pela partilha! Acho que isto mostra bem como tecnologia feita para um propósito (fazer chamadas) acaba por ser utilizada para outros caso tal seja tecnológicamente possível .
Em Portugal, até há pouco tempo havia uma lei que permitia às secretas ter acesso a esses dados (segundo mandato judicial, acho). Mas a verdade é que eram recolhidos e armazenados durante dois anos.
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Sob a capa da segurança em relação à pandemia, ou anteriormente com o terrorismo, sempre se arranja uma forma de se tornar aceite a vigilancia.
Exato. Há sempre uma desculpa.
Eu acho que a umas das únicas maneiras de combater isto de forma efetiva é ter tecnologias feitas com privacy by design em vez de privacy by policy. Ou seja, que não seja tecnicamente possível invadir a privacidade das pessoas em vez de legalmente proibido.
No caso dos telemóveis, a tecnologia está feita de uma maneira em que para o próprio sistema funcionar, é necessário triangular a posição da pessoas. Supostamente os governos e as operadoras deviam ter políticas de protecção da privacidade.
No dinheiro, por exemplo como é privacy by design. Ninguém tem ideas malucas de o tentar controlar (no entando querem abandoná-lo como já está a fazer a Suécia).
Isto para dizer que com privacy by design mesmo que queira legalmente fazer vigilância não conseguem tecnicamente e nesses casos não vale a pena justificar vigilânica, acho.
Há uns tempos foi publicado um artigo do NY Times bastante bem composto sobre o assunto de phone tracking:
Obg pela partilha. Acho que a fonte desta notícia é esta orientação da CNDP: