Este post reúne as algumas preocupações e estratégias de privacidade se alguns focus groups obtidos através de entrevistas informais. O objetivo poderá ser no futuro expandir isto a mais focus groups.
Este tipo de levantamento informa-nos sobre a nossa audiência e expectativas têm sobre privacidade e que práticas já adotam, para nos possamos melhor dirigir as nossas mensagens.
As perguntas de partida eram
- o que considera ser a privacidade digital
- se a privacidade digital é uma preocupação sua;
- que cuidados tem com a sua privacidade digital;
- que dificuldades sente.
as questões foram sendo ajustadas no decurso informal da conversa.
Estudantes universitários
Grupo de 7 estudantes universitários de Engª Mecatrónica. 1 deles é trabalhador estudante e o seu trabalho é instalar câmeras de videovigilância em casas, sistemas privados . É ele quem dá a as respostas mais sofisticadas. No geral: todos andam com localização e dados ligados; como segurança não partilham palavras passe e criam-nas compridas (inespecificado?) e alfa-numéricas; uso de um gerador de palavras-passe mais seguras; preocupam-nos ou roubo ou clonagem cartões atm; um desativou opções de telepagamento; manter software actualizado e de origem credível, desconfiam de software gratuito; utilizam homebanking; dados digitais são dados digitalizados, localização, imagens e vídeos, biométricos, operações realizadas, etc; videovigilância previne assaltos; videovigilância ok enquanto privada o risco é a informação ir parar a terceiros não autorizados; pensa que os dados da videovigilância são tratados por terceiros que não os próprios mas não problematiza; preocupados com segurança das investigações de trabalhos que realizam ou em que participam.
Casal hetero de estudantes universitários. Localização e dados sempre ligados; medo de perder o cartão atm; videovigilância boa porque previne ou identifica autores de furtos; principal receio é que lhes sejam roubados e divulgados materiais íntimos, vídeos, fotos ou mensagens.
(entrevistas informais realizadas na semana anterior ao inicio do estado de emergência em Março 2020 , Portugal)
Adultos com formação superior e docentes universitários
Com duas mulheres (35 a 40 anos, pelo menos uma delas professora universitária).
Segurança em redes sociais depende de usar ferramentas das redes para escolher com quem partilhar as publicações; duvidam da segurança das plataformas de homebanking, plataformas de instituições públicas e de compras online; não fazem nada que queiram esconder, viram filme sobre o Snowden, ficaram impressionadas com o poder de alguns Estados mas acham que as suas vidas são muito desinteressantes e que só pessoas “de interesse” são vigiadas, controladas ou tratadas como persona non grata; perceberam através do filme que desconhecem em que extensão têm ou não privacidade online; localização e dados sempre ligados; cartão atm sobtem medo de que seja roubado; cá não é como noutros países, não há câmeras de vigilância por todo o lado, não estão preocupadas…
Mulheres com formação superior e entre os 30 e 65 anos: sentem se seguras a usar o Facebook pq usam mais a página de negócios do que a pessoal; preocupa as o homebanking mas sentem se seguras com o sistema de chave dupla; não têm nada a esconder; sentem se incomodadas pelo pp controle da imagem no sentido em que aulas que dão na universidade podem ser gravadas e divulgadas na NET… As filhas puseram lhes passwords em tudo, o que é chato pq é complicado lembrarem se delas.
(Docente de cursos de Engenharia, investigador) Percebo que o meu telemóvel e através do meu telemóvel sabem mais de mim do que eu gostaria. Onde estou, por exemplo, ou o que comprei. Mas por isso fazem me sugestões úteis, posso usar GPS… há maneiras fáceis de não perder estas utilidades e ter mais privacidade?Privacidade, que é isso? Em que sentido não tenho privacidade? Não tenho nada a esconder,…Quem é que ia querer ver os meus documentos ou fotos? O que é que isso interessa aos governos ou empresas a? Qual é o perigo/ desvantagem?
(Prof Filosofia secundário) Achas isso possível? Achas que há alguma maneira de saberem tudo o que eu faço? Mesmo que houvesse maneiras, não percebo nada disto. Como pode alguém que mal sabe descarregar apps proteger se?
Adolescentes
(Três raparigas, entre 17 e 19 anos, uma militar e duas em tecnico-profissional de audiovisual.) É preciso perguntar que fazem para proteger os dados dos telemóveis ou computadores para iniciar a conversa sobre privacidade digital. Preocupa as que acedam directamente aos seus dispositivos; usam impressão digital para unlock e palavras passe para as redes socais; criam palavras passe grandes, escrevendo uma coisa de que gostem ou não gostem seguida de números ou símbolos ou acaso ou então uma palavra que corresponda a algo muito óbvio de que ninguém se vai lembrar; as palavras passe tem de ser tais que delas se consigam lembrar; dados digitais são fotos, vídeos e emails; preocupa as perder acrato atm; usam homebanking; videovigilância previne assaltos ou identifica criminosos; contas de email são Gmail pq quando tiveram de ter conta , no 5º ano, os profs lhes disseram que criassem uma que fosse fácil de criar, um Gmail, sem mencionarem outras; questionadas, conhecem Yahoo e Outlook; pensam que as imagens da videovigilância vão para a polícia ou câmara municipal; têm dados sempre ligados e ligam ou desligam localização conforme querem ou não ser localizadas pelos pais.
População idosa
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